As dificuldades de pagamento por parte de empresas e famílias continuam a aumentar. Os bancos têm em carteira mais de 16 mil milhões de euros de crédito malparado.
As cobranças duvidosas da banca continuam a crescer. Os dados de Fevereiro mostram que a banca tem em carteira um total de 16.034 milhões de euros de crédito malparado, o que corresponde a 6,73% do total dos empréstimos concedidos a empresas e famílias, segundo os dados provisórios do Banco de Portugal. Este valor corresponde a mais um recorde.
É entre as empresas que o malparado é mais preocupante. Do total de financiamento concedido, 10,32% está como malparado. O mesmo é dizer que em 100 euros financiados, 10,32 euros não estão a ser pagos pelas empresas, o que é um novo máximo desde que há dados (Dezembro de 1997).
Entre as famílias o crédito malparado representa 3,89% do total dos financiamentos e, ainda que seja um nível inferior ao verificado entre as empresas, também representa um nível histórico.
Em termo de valor absoluto é no crédito à habitação que mais incumprimento há (2.268 milhões de euros), mas é o mais baixo quando analisado em percentagem. Assim, o malparado entre os empréstimos à habitação subiu para 2,08% do total do financiamento concedido. Já no consumo este rácio encontra-se nos 12,16% e no financiamento para outros fins, que inclui educação, energia e empresários por conta própria, o malparado corresponde a 12,13% do total dos créditos concedidos.
Desde o final de 2008 que o crédito malparado tem vindo a aumentar em Portugal, quer entre os particulares quer entre as empresas. No início foram as taxas de juro altas que tornaram mais difícil o pagamento dos empréstimos por parte das famílias. Mas mais recentemente foram as condições económicas e sociais. Com uma taxa de desemprego acima dos 17%, muitas famílias perderam rendimentos, além do aumento de impostos que também retirou rendimento aos particulares.
Neste contexto, o consumo das famílias diminuiu, e, desta forma, a capacidade de gerar receitas por parte das empresas caiu.
As perspectivas económicas não são animadoras, com as previsões a apontarem para que a economia continue a contrair e que o desemprego continue a aumentar.
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